sábado, 19 de abril de 2008

Mensagem subliminar

Máscara do Pânico na embalagem do Sopateen

Análise do Poema

Tanta Tinta
(Cecília Meireles)

Ah! menina tonta,
toda suja de tinta
mal o sol desponta!

(Sentou-se na ponte,
muito desatenta...
E agora se espanta:
Quem é que a ponte pinta
com tanta tinta?
A ponte aponta
e se desaponta.
A tontinha tenta
limpar a tinta,
ponto por ponto
e pinta por pinta...
Ah a menina tonta!
Não viu a tinta da ponte!


Análise do Poema

Padrões de estrutura
Versos: 16 versos
Estrofes: duas estrofes
Refrão: não apresenta refrão

Padrões de versos (prosódia)
Métrica: Os três primeiros versos possuem seis sílabas poéticas e restante apresenta sílabas 3,4,5 e 6 sílabas poéticas, portanto o poema não tem um padrão na quantidade de sílabas poéticas.
Sendo então classificado como versos livres, autônomo em relação aos esquemas métricos,

Ritmo: O ritmo poético do poema é influenciado pelas suas rimas

Padrões de sons
Rima: Todo o poema contêm rimas como tonta/aponta, tinta /pinta, aponta/desaponta

Esquemas de rima: Não há esquema de rima fixa

-Aliteração em “t”e “p”

Padrões de dicção poética (interação entre som, forma e significado)

Paronomásia: Aparece em quase todo o poema, como em pinta e tinta.
Ela é uma figura de retórica que consiste no uso de palavras com som parecido mas de significado diferente, com o propósito lúdico de jogar com as palavras ou com o propósito estético de criar ambigüidades. A paronomásia é uma figura de repetição que se cruza frequentemente com o poliptoto, com o trocadilho (enquanto aproveitamento do sentido duplo de uma palavra) e com o jogo de palavras.
Paronomásia é também um artifício retórico utilizado nos trava-línguas infantis.


Padrões de forma (padrões de construção de estrutura)
No poema é usada a forma livre característica de poetas Modernistas como Cecília Meireles

Dissertação:Eutanásia

Direito a morte
Segundo a revista Superinteressante a eutanásia trata-se morte provocada pelo médico, com o consentimento do paciente, quando o sofrimento físico ou psíquico é incurável e insuportável. Tal procedimento não é legal na maioria dos países do mundo.Com isso pacientes com doenças incuráveis estão condenados viver com tal mal até o fim de sua vida.
Desde que a Holanda se tornou o primeiro país onde essa prática se tornou legal outros países colocaram essa questão em xeque, legalizar tal prática ou não.
Com isso muito as discussões apareceram na mídia, aparecendo pessoas contra outras a favor da eutanásia.
Quem é contra alega que ninguém tem o direito de provocar a morte de alguém sobre qualquer circunstância, a vida seria algo precioso que a penas Deus poderia tirar, só podendo acontecer de forma natural.
Mas quando viver se torna tão insuportável que se pode quer dar fim a isso. Passar anos sofrendo em uma cama com dores insuportáveis, sem poder se movimentar e até mesmo ter consciência é situação que poucas pessoas gostariam de passar.
Por isso muitas pessoas são a favor desse procedimento alegando que não gostariam de viver em tal situação, que seria preferível morrer a viver fadado a uma vida vegetativa cheia de dores.
Quando a dor e o sofrimento se tornam algo insuportável o que seria o melhor a fazer. Preferir a morte ou agüentar e ter fé em uma possível cura.
Junto com sofrimento do paciente há também o sofrimento da família, que além de sofrer emocionalmente pode sofrer com os altos custos para manter um doente desse tipo.
O Estado também pode arcar com os custos desse paciente se sua família não puder sustentá-lo, ao invés disso o Estado poderia atender alguém que tem chances de cura.
A eutanásia pode ser sim uma solução para o paciente, sua família e até resolver problemas no setor da saúde. Ela evitaria o extremo sofrimento de uma vida inerte por uma doença permanente.

sábado, 12 de abril de 2008

ENTREVISTA: Bruno Rodrigues desvenda o webwriting

Um pouco mais de conhecimento para os nós designs e futuros designs, uma entrevistinha básica com o ilustre Bruno Rodrisgues.


04/04/2008 por Marcos BinENTREVISTA: Bruno Rodrigues desvenda o webwriting



Não são apenas os hoaxes (boatos virtuais) e os spams que infestam a rede com conteúdo indesejado, impróprio ou, no mínimo, duvidoso.
A internet está repleta de clichês sobre a redação on-line, o chamado webwriting. Frases como “As pessoas não gostam de ler em frente à tela” e “A internet está empobrecendo a Língua Portuguesa” disseminam-se na velocidade da luz e viram teoria sem que se prove a veracidade delas.
Autor do livro “Webwriting – Redação & Informação para a Web” e coordenador do curso de pós-graduação Gestão em Marketing Digital das Faculdades Integradas Hélio Alonso (Facha), Bruno Rodrigues contesta algumas dessas “verdades” em entrevista ao Newwws. Confira.
Há pouco tempo, você falou numa palestra que é preciso melhorar o conteúdo publicado na web. Mas como fazer isso diante da idéia de que não se deve escrever muito na internet? É possível melhorar a qualidade diminuindo a quantidade?
Há muitos clichês em mídia digital, assim como em qualquer outra área. O “escrever pouco na internet” é um deles. O ambiente digital é constituído de “camadas de informação”. A segunda camada, ou seja, o texto principal de uma informação, aquele que vem após o acesso a um destaque de primeira página, exige a concisão, mas nada tem a ver com “não se deve escrever muito” na rede. Ocorre que, nesta camada, o visitante procura os aspectos básicos da informação. Se serão cinco ou dez linhas, é apenas conseqüência. O detalhamento da informação virá nas páginas subseqüentes. Muito desta técnica, que é resultado de testes, baseia-se na necessidade de que o visitante acesse camadas mais profundas, assim como conheça outros temas abordados no site. Só assim ele poderá virar “cliente”, ou seja, se cadastrar, que é o pote no final do arco-íris da web.
Algumas pessoas acreditam que a linguagem coloquial e a rapidez na atualização do conteúdo estão empobrecendo o texto na internet. Qual a sua opinião sobre isso?
Em primeiro lugar, é preciso deixar claro que informação web não é sinônimo de notícia on-line; há que separar a última das restantes. Enquanto o jornalismo na rede é caracterizado pela rapidez, isso não acontece nos outros tantos perfis de sites da internet. Ainda assim, se a questão são os erros resultantes desta “pressa” em dar notícias, é uma característica do meio, que irá se refinar ao longo dos anos. Não acho que será assim para sempre. Quanto ao empobrecimento da língua na web, me vem sempre à cabeça uma frase definitiva: “A Língua Portuguesa está empobrecida, rígida, estratificada, falta sentido e beleza a ela. É preciso lhe dar plasticidade, refundi-la no tacho, distendê-la, trabalhá-la, dar-lhe músculos”. É de Guimarães Rosa, escrita em 1946.
Você acha que o público em geral já aceita bem sites jornalísticos que utilizam linguagem própria de internet, como “vc”, “tb”, e não colocam acentos nas palavras? Há um paradoxo entre o sucesso desses sites e a simplicidade deles?
Não vejo paradoxo. Isso não é uma distorção, é um fato. E não temos distanciamento histórico o bastante para saber se, de alguma forma, isso veio para ficar. Criaram uma Santa Inquisição para a Língua Portuguesa na web, mas, assim como na primeira, a História há de julgá-la corretamente.
Existem regras definidas em webwriting para grupos de palavras, como aquelas ligadas a tempo, ou o uso delas varia de acordo com os manuais de redação dos jornais?
O webwriting se preocupa com a palavra como elemento de acesso à informação, e não como um elo de encadeamentos para constituir uma mensagem. Costumo dizer que o redator tradicional é amante da frase, enquanto o gestor da informação digital é amante da palavra. A primeira gera idéias; a segunda, profundidade. Na web, esse é o foco da palavra: representação/persuasão/acesso à informação.
Enquanto discute-se muito a suposta necessidade de cadeiras específicas nas faculdades de jornalismo – web, rádio, TV etc. – é comum ver jornalistas que não têm noções básicas da Língua Portuguesa. Você não acha que as escolas deveriam estar mais atentas ao que vem antes da especialização, ou seja, aos conhecimentos que são comuns a todos os jornalistas?
Acho, mas é o cúmulo, em pleno século 21, continuarmos a associar jornalismo a “saber português”. Como você bem colocou, assim como outros conhecimentos básicos, o “saber a língua” é essencial. Mas este é o feijão-com-arroz da atividade. O que faz do jornalista um profissional único é a capacidade de apuração; este, sim, é o conhecimento e a técnica que se aprende e desenvolve, e aquele que tem poder de transformar a sociedade. Se o jornalista continuar a focar apenas na redação, esta será uma atividade sem futuro, ainda mais com a web e seu jornalismo participativo e colaborativo.